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Os académicos da tradição objetiva baseiam-se frequentemente em juízos morais para avaliar se as regras, as instituições ou os líderes são ou não legítimos. Esta abordagem inspira-se frequentemente na teoria política normativa e procura identificar as estruturas de governação que são consideradas moralmente aceitáveis. É importante ter em conta que a legitimidade é um conceito intrinsecamente subjetivo que nenhum critério normativo pode captar na totalidade.

Tom Tyler oferece outra abordagem para compreender a legitimidade através da sua perspetiva processual. Segundo Tyler, a legitimidade deriva da avaliação que as pessoas fazem dos processos de tomada de decisão utilizados pelas instituições e agências governamentais; por conseguinte, as pessoas podem aceitar como legítimas instituições que tomam decisões contrárias aos seus interesses, desde que essas instituições sigam processos de tomada de decisão justos. Isto pode permitir que os indivíduos considerem legítimas as instituições que tomam decisões contrárias aos seus interesses, desde que estas sigam um processo geralmente justo.

Gilley (2006) propôs um modelo de legitimidade que incluía três subcomponentes: percepções de legalidade, transmissão de princípios, ideias e valores partilhados pelo Estado (a que Gilley chamou "visões de justificação") e actos de consentimento. A sua lista final continha indicadores adaptados aos regimes democráticos - o que pode comprometer as suas conclusões em todos os países; no entanto, a sua abordagem constitui um excelente ponto de partida para mais investigação sobre este conceito de legitimidade.